As garrafas caem em cascata da mesa, quebrando-se aos pares. Você bebeu demais, vou jogar truco, não, é truco mesmo, esquece a morena, truco com o Josias, ali na mesa, ali ó. Ela levanta indignada, caralho, ó o Josias ali, tá vem comigo então, vem por favor, não faz assim, eu sei, aquela nem conta, você também já fez, pára com isso, não me bate, pára, a gente conversa outra hora pode ser? Quero agora, agora não que vai começar o jogo, já vou Josias, me larga, entendi, não vou nem olhar, tá, tudo bem, beijo.
Sento do lado do Josias. Colé? Então faz a mão que eu vou lá no banheiro, não, na boa, já volto, se liga meu, já volto, pega outra enquanto eu vou lá, não tô bem, pega outra que depois eu explico. A morena olha, penso na maldade, e aí benzinho, olho pra trás, por onde anda a Nati? Não conseguiria sorrir agora, mas você é linda, chega pertinho, concentra na cerveja Josias, vamos ali, no feminino?, pode ser. A porta abre gemendo gostoso.
Ela se aproxima, você beija bem, minhas mãos descem, já te disse que tu é linda, sobem, linda mesmo, jogo contra a parede, descem, tava olhando pra ti a festa toda, sobem, esquece ela, somos só nós dois agora, bem encaixado agora, isso, ah, safadinha, isso, continua, não pára, por favor, aimeudeus, isso, mexe, mais, mais rápido, peraí, peraí, aaah! Acho que dá tempo pra mais uma.
Saio do banheiro me apoiando na parede, lambendo os beiços, e logo a Nati estala na minha cara. Que eu fiz? Como assim, é o feminino? Ah, entrei errado, então! Não foi tu que disse que eu tava bêbado, calma, só fui mijar, a morena sai, agora fudeu. Ela pára de falar. Só olha. Querida, pensa bem, Nati, fala comigo, volta aqui, volta aqui, eu te amo, meu bem, volta. Ela atravessa a porta, que fecha numa última sentença.
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Logo, logo, ela me responde:
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